quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Bonequinha de Luxo e Audrey Hepburn

No dia 5 de outubro de 1961, chegava aos cinemas um dos filmes mais icônicos da cultura pop: Bonequinha de Luxo.



O longa tornou o conto homônimo de Truman Capote e um clásico e sua atriz principal , Audrey Hepburn transformada em um ícone de estilo, moda e beleza.

O filme "Breakfast at Tiffany's" narra a história de Holly Golightly, uma acompanhante de luxo que sonha em casar com um homem rico e tornar-se atriz em Hollywood , motivo pelo qual se mudou para a cidade de Nova Iorque.

Truman Capote, que vendeu os direitos autorais de sua obra para a produtora Paramount Pictures, queria que o filme fosse dirigido por John Frankenheime e estrelado por Marilyn Monroe. Porém, o diretor Lee Strasberg aconselhou Monroe dizendo que interpretar uma prostituta seria ruim para sua imagem e Marilyn desistiu do papel.

Com a desistência do papel por parte de Monroe, a atriz Audrey Hepburn foi contratada para interpretar a personagem. Audrey, que até começou a trabalhar sob os comandos do diretor John Frankenheimer, insistiu para que fosse feita a substituição deste, alegando não conhecer o trabalho do diretor. Foi assim que Blake Edwards assumiu a direção do filme. 
Hepburn admitiu, em entrevista, que Holly não parecia em nada com ela e que interpretar a personagem seria um desafio, mesmo acreditando que poderia atuar na pele da personagem .



Ela foi indicada ao Oscar cinco vezes como Melhor Atriz, inclusive por Bonequinha de Luxo. Com apenas 24 anos ela já recebia um Oscar pelo trabalho em A Princesa e o Plebeu (1953). Ao longo da carreira ela também venceu o Globo de Ouro, o Emmy, o Tony e o Grammy. Foi considerada a terceira maior lenda feminina do cinema , de acordo com o American Film Institute.


Filha de mãe holandesa e pai britânico, Audrey nasceu na Bélgica e viu de perto os horrores da Segunda Guerra. Ela morava na Holanda com a mãe em 1942 e ambas precisaram se mudar para Londres por conta dos conflitos. As duas não tinham dinheiro nem para comer.

Após divorciar-se do primeiro marido, o ator americano Mel Ferrer, ela apaixonou-se pelo italiano Andrea Dotti e foi morar em Roma e abdicou da pompa de Hollywood para levar uma vida modesta na Europa.

Audrey dominava com perfeição o italiano, além de sua fluência em outras quatro línguas: inglês, holandês, francês e espanhol. O que facilitou muito seu trabalho como humanitária da UNICEF, na década de 80. Lançou-se ao trabalho voluntário e tornou-se embaixadora da instituição, viajando a várias regiões carentes pelo mundo. Trabalhou pela UNICEF até o fim da vida e chegou a receber um Oscar honorário por sua contribuição humanitária.


Audrey faleceu aos 63 anos, em janeiro de 1993 devido a um tumor no apêndice . Ela entrou para história como símbolo de requinte e elegância, porém foi uma mulher inspiradora por completo.