segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Coração


 
O coração é um órgão muscular oco, envolto por um saco cheio de líquido chamado pericárdio, localizado no interior da cavidade torácica. Sua função é bombear o sangue oxigenado (arterial) proveniente dos pulmões para todo o corpo e direcionar o sangue desoxigenado (venoso), que retornou ao coração, até os pulmões, onde deve ser enriquecido com oxigênio novamente

Com a falência do cérebro, uma pessoa é declarada clinicamente morta, embora outros órgãos possam continuar funcionando com a ajuda de equipamentos. Se o coração para, no entanto, nada mais funciona no organismo.

 
 
 
 
 
 
Reverenciado desde a Antiguidade, o órgão adquiriu uma forma para poetas e artistas no geral e outra para os cardiologistas.


Só não dá para entender como a imagem cultuada virou sinônimo daquele órgão de 12 centímetros de altura por 8 de largura, 300 gramas de peso, com formato de um punho, situado no meio do peito e tão querido pelos cardiologistas.


Para alguns, sua origem deve-se à semelhança com a folha da hera, que na Antiguidade representava o símbolo da imortalidade e do poder, e não é de hoje que o coração é associado às mais profundas emoções humanas.


 
 
Por volta do século 5 a.C., começa na Grécia Antiga um debate palpitante sobre a localização da alma. Explica-se: os gregos não concebem algo espiritual sem assinalar um lugar no corpo. Hipócrates, o mais famoso médico da Antiguidade, diz que a inteligência se encontra na cabeça. Platão discorda. Para ele, a alma imortal está na cabeça, mas a alma mortal, responsável pela inteligência e os sentimentos, está no coração.

Aristóteles contradiz essa separação. Só existe uma alma, afirma, e ela se encontra no coração, o centro do ser humano, o fogo interno que dá calor e vida. Fica assim estabelecido pelos séculos seguintes a primazia do coração.

Daí para a representação do amor romântico e ser utilizado na literatura e na música, foi um pulo.


Segundo o anatomista Liberato Di Dio, responsável pela mais recente reformulação dos nomes dos órgãos do corpo humano, o coração assumiu um papel primordial entre as culturas por ser o único órgão que se pode ouvir e sentir pulsar.

"Quando alguém passa por fortes emoções, o coração dispara e isso é possível de perceber", afirma Di Dio. Os batimentos cardíacos são um sinal de vida.

No século 19 e início do século 20, o coração dá sinais de cansaço. Grandes escritores como Balzac, Flaubert, Zola, evitam evocá-lo como sinal de amor. Porém os hippies virão resgatá-lo na década de 60 e logo o coração vai tornar-se um símbolo comercial e é hoje um dos ícones mais usados no mundo.

 
 
            Melhor do que ter uma grande beleza, é ter um grande coração - Leonardo da Vinci









quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Luz & Sombra - Conversas com Jimmy Page


Luz & Sombra - Conversas com Jimmy Page foi lançado em 2012, pelo editor-chefe da revista Guitar World, Brad Tolinski e publicado no Brasil pela Editora Globo. O livro é uma compilação de diversas entrevistas do jornalista com Page nas últimas duas décadas.

Construída a partir das palavras do próprio Jimmy Page , esta “autobiografia oral” é uma visão na primeira pessoa sem precedentes de um dos mais importantes músicos do rock.

Cobrindo toda a trajetória do músico, dos tempos trabalhando em estúdios até os dias de hoje, passando pelas parcerias com Paul Rodgers e David Coverdale, o livro procura deixar clara a importância de Page para o rock’n’roll, não só como instrumentista, mas também como produtor. Em certo momento, por exemplo, Tolinski informa aos leitores que uma das primeiras captações decentes do som de uma bateria foi idealizada por Page.


Se a ideia é saber mais sobre a vida pessoal de James Patrick Page esqueça: deixar isso de lado foi uma exigência desde as primeiras entrevistas. A infância e a adolescência do músico, portanto, são descritas em menos de dez páginas, deixando bastante curiosidade sobre a criação de Page. Os relacionamentos e excessos típicos de um rockstar são citados com bastante parcimônia pelo livro, sem sensacionalismo e sem grandes arroubos.


Antes de cada rodada de perguntas, “Luz & Sombra” apresenta pequenos capítulos introdutórios sobre a situação da carreira de Page em determinadas épocas, ajudando o leitor a contextualizar melhor as questões feitas por Tolinski.


Como bônus, o livro ainda traz entrevistas especiais feitas com amigos e parceiros de Page: Outro lendário guitarrista, Jeff Beck (The Yardbirds), o vocalista Paul Rodgers (Free, Bad Company e The Firm). Além de depoimentos dos músicos Jack White (White Striper), John Paul Jones (Led Zeppelin) e Chris Dreja (The Yardbirs). E uma conversa com o relações públicas do Led Zeppelin , Danny Goldberg que conta histórias do seu trabalho junto ao Led.

Outro destaque são matérias aleatórias e deliciosas como um inventário de suas guitarras, amplificadores e efeitos  e um depoimento do estilista John Varvatos sobre a influência  de Page na moda masculina e até mesmo um mapa astral do músico.


“Luz & Sombra” dá muito foco às guitarras: páginas e páginas são gastas comentando riffs, solos e texturas do instrumento, prato cheio para Guitarristas e músicos . Quem nunca segurou uma palheta na mão como é o meu caso, só vai se frustrar com a leitura recheada de termos técnicos se não for um amante do bom e velho Rock na Roll .


É indispensável ler mais essa biografia dos mais de cinqüenta anos do guitarrista, compositor e produtor Jimmy Page.