terça-feira, 12 de maio de 2015

CUIDADOS COM SUA PEÇA DE CROCHÊ

Dicas especiais de como lavar e guardar as peças feitas em crochê para que fiquem sempre em bom estado de conservação e lindas.



NA HORA DE LAVAR:

  • Antes de molhar a peça, veja se não há manchas: se houver, utilize um produto tira manchas que não contenha cloro aplicado na peça umedecida (não esqueça de fazer um teste para ver se a cor não vai desbotar);
  •  Lave as peças manualmente (a lavagem na máquina com força mecânica pode deformar o modelo da peça) com água fria ou morna (até 40ºC), alguns acrílicos podem encolher e perder o brilho em contato com água quente;  
  • A lavagem com sabão neutro é a melhor opção pois, o sabão em pó é agressivo demais para as fibras delicadas do tricô e crochê;
  • Use sabão líquido, se optar por sabão em pó dissolva bem na água antes de colocar a peça de molho, para não provocar manchas;
  • Use sempre água fria na lavagem;
  • Não usar alvejante à base de cloro;
  • Se as peças forem de cor branca ou cru, deixe-as de molho por 30 (trinta) minutos numa solução de 1 (uma) colher de sopa de bicarbonato de sódio para 5 (cinco) litros de água. Enxágue bem antes de prosseguir a lavagem , isso evita o ‘amarelado’ da peça.
  • Nas primeiras lavagens a peça pode soltar tinta, lave-a sozinha (para não manchar outras peças);
  • Se soltar tinta, após a lavagem enxágue bem para remover todo o sabão;
  • Não misture sua peça com outras roupas na hora da lavagem. (Evitando assim as famosas bolinhas);
  • Nunca deixe as peças de molho;
  •  Enxágue bem e várias vezes;



NA HORA DE SECAR:

  • Proibido usar secadora;
  • Seque suas peças à sombra e/ou vento, pois a secadora e o sol danificam as fibras;
  • Para não deformar a roupa, o melhor é espremê-la com cuidado em vez de torcê-la após a lavagem;
  • É preciso ter certo cuidado; não use prendedores, pois eles podem marcar, o correto é estendê-la em uma superfície horizontal. 







NA HORA DE PASSAR:

  • Essas peças normalmente não precisam ser passadas, mas caso precisar, nunca pressione demais o ferro na peça nem o use muito quente, pois a peça poderá esticar;
  • Máximo 110º é a temperatura recomendada do ferro de passar;




NA HORA DE GUARDAR:

  • Guarde as peças sempre dobradas e não penduradas em cabides, assim não correrá risco da peça esticar e perder a forma;
  • Quando o frio passar, esqueça os cabides e os sacos plásticos, que criam fungos, prefira guardar as peças em capas de TNT.


Fonte:



domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional da Mulher – Um pouco da história.

Hoje é o dia internacional da mulher, houve conquistas ao longo de mais ou menos 100 anos da ideia de sua criação e 40 anos de sua oficialização pela ONU.
Conta-se que em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas em um incêndio que ocorrera nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. Esse incêndio teria, supostamente, sido intencional. O proprietário da fábrica, como forma de repressão extrema às greves e levantes das operárias, teria trancado suas funcionárias na fábrica e nelas ateado fogo. Essa história, contudo, tem sido descrita como falsa.
Entretanto, houve sim um incêndio em uma fábrica de tecidos em Nova York, mas ele aconteceu no dia 25 de março de 1911, às cinco horas da tarde, na Triangle Shirtwaist Company, e vitimou 146 pessoas, sendo 125 mulheres e 21 homens. A maior parte dos mortos era constituída de judeus. As causas desse incêndio foram as péssimas instalações elétricas da fábrica associadas à composição do solo e das repartições da fábrica e, também, à grande quantidade de tecido presente no recinto, o que serviu de acelerador para o fogo. A esse cenário trágico se somou o agravante de alguns proprietários de fábrica da época, incluindo o da Triangle, usarem como forma de contenção de motins e greves o artifício de trancar os funcionários na hora do expediente. No momento em que a Triangle pegou fogo, as portas estavam trancadas.
Um ano antes dessa tragédia, em 1910, na cidade de Copenhague, ocorreu o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, que foi apoiado pela Internacional Comunista. Nesse evento, a então membro do Partido Comunista Alemão, Clara Zetkin, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem, entretanto, estipular uma data específica. Essa proposta era fruto tanto do feminismo, que ascendia naquela época, quanto das correntes revolucionárias de esquerda, como o comunismo e o anarquismo – inclusive, a anarquista lituana Emma Goldman foi um dos nomes mais importantes da época.

O incêndio de 1911 viria a ser sugerido, nos EUA, como dia simbólico das mulheres (tal como sugerido por Clara Zetkin). A maioria dos movimentos reivindicava melhorias nas condições de trabalho nas fábricas e, por conseguinte, a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais (entre outros) para as mulheres. Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917 na Rússia, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique.





Após a Segunda Guerra Mundial, o dia 08 de março (em virtude da greve das mulheres russas) começou a tornar-se aos poucos o símbolo principal de homenagens às mulheres. Ao mês de março também foi, a partir de então, associado o evento do incêndio em Nova York, ocorrido no dia 25. A partir dos anos 1960, a data já estava praticamente consolidada.





Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU

(Organização das Nações Unidas).


Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.




Não se nasce mulher: torna-se.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Usar um turbante é também atitude!

De origem desconhecida, o turbante tem raízes no Oriente com registros anteriores ao século VII que abrigaria o berço do islamismo na Península Arábica.  É uma peça carregada de significados simbólicos e com características estéticas variáveis.

A faixa de tecido cuja denominação deriva do persa dulband e do turco tülbent ganhou popularidade na França do início do século XVIII, com adornos de pedras preciosas e plumas.

Na fé islâmica o turbante tem uma função religiosa importante. É um símbolo material que reforça a consciência espiritual, uma fronteira entre a fé e a descrença.

Já na fé Sikh, religião monoteísta indiana, os homens e mulheres não devem cortar os cabelos e sim utilizar os turbantes. Na Índia os turbantes são utilizados para proteger a cabeça do clima severo do deserto, representam sem nenhuma palavra a casta de quem o usa, o status financeiro e a religião.

Na África os tecidos enrolados no corpo fazem parte da cultura e os turbantes fazem parte dessa indumentária complementando o conjunto. São utilizados por homens e mulheres e na África Negra, os chamados turbantes gelê têm funções sociais, religiosas e fazem parte da moda.

O turbante chegou ao Brasil, dada a influência africana, como uma manta que se enrola na cabeça e que compõe o traje das baianas, uma das principais figuras típicas do país.




Na moda, em 1930 o estilista francês Paul Poiret, inspirado pela indumentária oriental e nos figurinos exóticos, introduziu o acessório na alta costura fazendo a cabeça de várias mulheres sofisticadas e artistas, entre elas Simone de Beavouir e Greta Garbo. Logo depois foi a vez de Carmen Miranda popularizar o acessório no Brasil.

Coco Chanel também iria aderir ao adereço.  A moda, porém, realmente se popularizou no final dos anos 30, com a eclosão da II Guerra Mundial. Em tempos difíceis, os práticos turbantes se tornaram uma ótima ajuda para disfarçar cabelos mal cuidados.





Muitas atrizes de Hollywood apareceram retratadas com glamorosos turbantes nos anos 20 a 40.














Na década de 60 o movimento do orgulho negro que teve origem nos Estados Unidos fez com que o uso do turbante novamente voltasse ao cenário como uma forma de afirmação para o povo negro. Nina Simone costumava usar lindos turbantes, geralmente com estampas étnicas.











A peça composta por uma faixa de tecido enrolada na cabeça atravessa o tempo para se fazer presente na moda atual como resposta ao multiculturalismo que dita às tendências. Em propostas que cobrem parcialmente a cabeça ou na forma de faixa, os turbantes destacam a cabeleira e truque super prático e rápido para domar os fios nos dias em que teimam em não ficar no lugar.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Chita: O tecido que é a cara do Brasil.

A Chita não nasceu no Brasil, mas acompanha a nossa história há pelo menos 400 anos.

Chita é um tecido de algodão com estampas de cores fortes, geralmente florais, e tramas simples. A estamparia é feita sobre o tecido conhecido como morim.

O nome chita vem do sânscrito chintz e surgiu na Índia medieval e conquistaram europeus, antes de se popularizar no Brasil.

Após um longo processo burocrático, cultural e financeiro, a chita passou a ser produzida também no Brasil. A produção do tecido no país o barateou, e muito, tornando populares as peças confeccionadas com o material, transformando-o, assim, em um dos ícones da identidade nacional.

A chita que nasceu como pano popular, Vestiou populações carentes e escravos. Era o paninho barato, de fácil acesso ao povo. Cresceu, apareceu se espalhou e se transformou “na cara do Brasil”.

A associação da chita às festas populares foi inevitável, a alegria evocada pelos florais e seu intenso colorido fez da chita a representante da própria alegria festiva, se espalhando nos figurinos dos festejos do nosso imenso Brasil.



Nos anos 50, a chita inicia seu caminho rumo a momentos de glória . Em 1959, a estilista Zuzu Angel foi uma pioneira que inseriu a chita no mundo fashion. Exibiu uma coleção com saias feitas de chita e zuarte, tecido semelhante e igualmente barato e foi um sucesso.










No final dos anos 60, a chita brilhou em expressões artísticas e revolucionárias da época, como o movimento hippie e o tropicalismo. Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé foram adeptos do tecido. Seu uso também podia ser entendido como uma provocação àqueles sombrios anos de ditadura.















Portanto a Chita tem alma brasileira e tem sido considerado tecido símbolo da cultura popular e se tornou diferencial alternativo nos costumes contemporâneos na moda de vestir e de decorar, e hoje pode ser encontrado tanto vestindo e colorindo as festas populares do mais remoto interior brasileiro bem como os ambientes considerados mais modernos e sofisticados.




Fonte : O significado da cor na estampa do tecido popular: a chita como estudo de caso
Maria Diaz Rocha
Mônica Queiroz