Para
brincar com a decoração das ruas, a técnica de
Yarnbombing
(em
português, bombardeio de fios)
surgiu para inovar as intervenções urbanas com fios.
Bombardeio
de fios é
um
tipo de arte do graffiti ou arte
urbana
que utiliza telas coloridas de tecido de malha, em vez de tinta ou
giz. O objetivo inicial
era
trazer alguma beleza para
ambientes
monótonos
das
cidades,
vestindo
objetos,
paredes
,
não causando
danos aos espaços públicos e alegrando
incrivelmente os olhos de quem vê.
Integrando
assim
o
crochê e tricô as paisagens urbanas.
Acredita-se
que a prática pode
ter originado nos
EUA com a Texas knitters tentando encontrar uma forma criativa de
usar sua sobra e projetos de tricô inacabado, mas desde então se
espalhou pelo mundo levando cor e vida, humanizando os grandes
centros urbanos, inspirando diversas outras áreas, incluindo
movimentos sociais.
O
início desse movimento tem sido atribuída a artistas
como Magda
Sayeg de Houston, que quem
primeiro
teve a ideia em 2005, quando cobriu a maçaneta da porta de seu
boutique conferindo
assim um forma acolhedora e personalizada ao ambiente.
Considerada
a Mãe desse movimento, a artista viaja pelo mundo colorindo os
lugares que encontra e é conhecida pelas grandes intervenções que
realiza.
Outro
Artista
de Houston, Bill Davenport desde
da década de 1990 já vinha
criando e exibindo objetos cobertos de crochê. A Knit Knot Árvore
produzida
pelo grupo Jafagirls
de
Ohio ganhou
atenção internacional em 2008.
O
conceito de
tricô grafite tem
sido atribuída a Lauren
O'Farrell
de
Londres, que fundou a primeira coletiva de tricô grafites da cidade.
A
Knit o coletivo City também foram os primeiros a usar o termo
'yarnstorming' de O'Farrell para descrever seu tricô grafite, como
uma alternativa para o termo mais popular 'yarnbombing.
No
Brasil, a gaúcha Letícia
Matos é
pioneira no assunto, com seu projeto 13
pompons ela vem levando crochês, pompons e cores para diversas cidades do país,enfeitando árvores,postes,orelhões, e assim embelezando os espaços urbanos.
E
assim São
Paulo vem se notabilizando cada vez mais pelos projetos de arte
urbana que buscam dar vida e cor à cidade. Destaque para o projeto, idealizado pela designer Karen
Bazzeo (Dolorez
Crochez),
utiliza o tradicional crochê para “inspirar
transformações artísticas e educacionais individuais e coletivas”.
A inspiração vem de tudo: música, poesia e até críticas sociais.
Para o Coletivo Agulha que foi criado no início de 2014 por um grupo de artistas, artesãs, arquitetos e cineastas com o objetivo de realizar intervenções na cidade, usando como ferramentas o crochê e o tricô.
Através das intervenções, o Coletivo busca estabelecer um diálogo com a cidade, apontando áreas áridas e degradadas e “elogiando” locais bem conservados e de bom uso publico; ao mesmo tempo, em que oferece para as pessoas uma experiência de uma cidade mais generosa e prazerosa.
E para o Coletivo Meio Fio,um grupo multidisciplinar de intervenção urbana que trabalha para acolher pessoas, preencher espaços e trazer novas ideias.
Os encontros acontecem em espaços públicos e são utilizadas técnicas tradicionais e lentas como Crochê, Tricô e Bordado, uma forma de resistência ao cotidiano de tempo acelerado da cidade.
E
Anne
Galante
que
adiciona o conforto da arte manual nos muros concretados
da capital paulista com o que ela passou a chamar de“graficrochet”
(
é
um mix
do grafite tradicional com o crochê
).
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